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Câmara garante apoio social aos alunos do concelho

12 setembro, 2012

Câmara garante apoio social aos alunos do concelho

A Câmara Municipal recebeu hoje, no Cineteatro Messias, os agentes e parceiros educativos do concelho. Com a sala cheia, o presidente da Câmara centrou o seu discurso nas dificuldades que os portugueses atravessam devido à conjuntura económica e “à ditadura fiscal” que existe no país. Carlos Cabral garantiu, por isso, “um absoluto sim” para as crianças e jovens do concelho que necessitem de apoio social para prosseguirem os seus estudos, pedindo aos professores para estarem atentos e denunciarem esses casos à autarquia.

“Num ano que não vai ser difícil, vai ser terrível, quero que saibam que nós estamos ao vosso lado e que naquilo que for para apoio social dos alunos deste concelho, a Câmara Municipal da Mealhada dirá garantidamente sim”, afirmou Carlos Cabral, lembrando que quem mais está a sofrer com o que chamou de “ditadura fiscal” são “os mais pobres, os mais necessitados, os idosos e também as crianças e os jovens”. “Estejam atentos. Observem-nos e transmitam-nos logo ao mais pequeno sinal”, insistiu o presidente da Câmara, reforçando que “os problemas sociais existentes nas escolas têm de ser imediatamente comunicados à autarquia”.

“Nunca vi uma situação tão crítica como a que existe atualmente. Como é que chegámos aqui? A Câmara da Mealhada não deve nada a ninguém. Porque é que outras câmaras devem? Porque é que o Estado deve? Agora tem de haver cortes, dizem. Que cortem nas gorduras do Estado, que deem o exemplo. Mas o caminho nunca é pelos cortes na Educação e na Saúde, pelo ódio contra os funcionários que o servem. Os funcionários do Estado são dignos. Há excelentes funcionários e o Estado português nunca teria sobrevivido se não fossem os seus funcionários”, afirmou Carlos Cabral, aplaudido por todos os que se encontravam na sala.

“Que não se fale em democracia quando lançam indignidades brutais sobre cla sses profissionais inteiras, quando há milhares de professores, muitos com mais de 15 anos de exercício, no desemprego”, prosseguiu o autarca, concluindo: “Nós já não temos Constituição da República. Ela só volta no dia 1 de janeiro, mas é importante que continuem a lutar pela liberdade de expressão, de opinião, pelo vosso emprego. Lutem diariamente por isso e vamos esforçar-nos ao máximo pelas nossas crianças, pelos nossos alunos, sem lhes esconder a verdade, que eles também têm de saber”.

A difícil situação financeira, económica e social que o país atravessa foi um tema transversal a todos os discursos da mesa. O presidente do Agrupamento de Escolas da Mealhada, Fernando Trindade, falou também do modelo social, defendendo que não pode haver outra resposta senão a do ensino público e, depois de fazer uma breve caracterização da resposta pública existente no concelho, salientou a importância da “boa colaboração e parceria com a Câmara Municipal”. “Um exemplo disso são as Atividades de Enriquecimento Curricular, que a autarquia continua a promover”, sublinhou, pedindo a todos a colaboração para um ano escolar de sucesso.

Já o diretor da Escola Profissional da Mealhada lembrou que há 22 anos que escola e autarquia trabalham em conjunto para uma valorização do ensino, da Educação no concelho. Depois de uma breve caracterização do universo da escola profissional, João Pega salientou o facto de cada vez mais a escola procurar cursos que sirvam o concelho e a região, dando como exemplos o curso de restauração e o de termalismo. Desejando a todos um bom trabalho e um bom ano letivo, João Pega despediu-se com “uma palavra de solidariedade para com os 50 mil professores que ficaram sem trabalho”.

à vice-presidente e responsável pelo pelouro da Educação da Câmara Municipal coube a apresentação das alterações, dos projetos e dos apoios da autarquia para o novo ano escolar. Filomena Pinheiro começou por lembrar com tristeza o encerramento das únicas escolas da freguesia de Ventosa do Bairro, para falar depois do reforço da componente de apoio à família, uma vez que foram detetadas mais situações dramáticas e mais alunos do 1º escalão social. “Este ano vai ser de apoio surdo”, afirmou, lembrando que o objetivo é apoiar e não publicitar e salientando a ajuda da Rede Social da Mealhada que, como disse, “funciona em pleno no concelho”.

Filomena Pinheiro falou ainda das Atividades de Enriquecimento Curricular, que vão continuar a ser promovidas pela Câmara Municipal, do projeto de Educação ambiental e da necessidade de se criar uma Agenda 21 escolar, do projeto Eco-escolas, pedindo uma maior participação e envolvimento de todos, do projeto Bright, que se iniciou o ano passado e que terá continuidade em parceria com a Fundação Mata do Buçaco e, por último, de um novo projeto desenvolvido no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego, que visa duas iniciativas de empreendedorismo no Agrupamento de Escolas da Mealhada e na Escola Profissional. A vice-presidente terminou o seu discurso desejando a todos um bom ano letivo e reiterando que a Câmara Municipal está à disposição de todos os que solicitem a sua ajuda.

(2012-09-12) - Press Release







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