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Presidente de câmara repudia aproveitamento político de incêndios

18 agosto, 2017

Presidente de câmara repudia aproveitamento político de incêndios

O presidente da Câmara da Mealhada desmentiu, hoje, de forma "veemente e categórica", em conferência de Imprensa, a acusação da oposição (PSD/CDS) de que o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) "está desatualizado e não funcional" e repudiou energicamente o "aproveitamento político que alguns fizeram" de uma tragédia como foi o incêndio que lavrou, durante quatro dias, na freguesia de Barcouço.

"Não posso aceitar que faltem à verdade e ponham em causa o bom nome das pessoas e instituições. Alguns responsáveis políticos optaram por percorrer Barcouço a tirar fotografias e a fazer vídeos em vez de ajudarem os bombeiros e de procurarem obter informações fidedignas no posto de comando operacional. E, depois, andaram a denegrir publicamente a imagem do Município afirmando, por exemplo, que as bocas de incêndio não estavam a funcionar na freguesia de Barcouço. Ora, isso é completamente falso. O que aconteceu foi que houve necessidade de cortar, por alguns instantes, a energia elétrica para os meios aéreos poderem abastecer de água, o que originou, por momentos, constrangimentos nas bocas de incêndio. Mas foi algo efémero e que foi solucionado com alternativas", afiançou, indignado, o autarca Rui Marqueiro.

O presidente da Câmara, também ele responsável pela Proteção Civil Municipal, desmentiu ainda as acusações da oposição relativamente ao PMDFCI: "afirmar que o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios está desatualizado é de uma ignorância incrível. O documento é novo, foi aprovado no dia 10 de abril de 2017 pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e disso foi dado conhecimento a todo o Executivo".

"Vir também acusar a Câmara de não ter sido eficiente na logística de apoio aos bombeiros e GNR no combate aos incêndios é profundamente injusto e absurdo. Foram precisamente os bombeiros os que mais elogiaram a eficiência, o apoio e a disponibilidade do Executivo municipal e da vasta equipa técnica mobilizada, noite e dia, para Barcouço. Continuamos a receber mensagens de agradecimento. Ainda hoje recebemos uma mensagem de um bombeiro da Pampilhosa a afirmar que se sentiu orgulhoso pela forma como tratámos todos os que ajudaram a combater as chamas e a afirmar que já andou por muito lado, mas em nenhum deles foi tão bem tratado. Mas isto também foi dito por bombeiros de outros concelhos", assegurou Rui Marqueiro.

"O incêndio de Barcouço não teve origem no concelho da Mealhada. Foi "importado" de um município vizinho. E a faixa de combustível que esteve na génese deste fogo pertence ao domínio privado e não ao domínio municipal", sublinha o presidente da Câmara, garantindo que "os serviços municipais têm envidado todos os esforços para notificar e sensibilizar os proprietários para a importância e obrigação legal de manterem os seus terrenos limpos". "às vezes, conseguir notificar os proprietários é uma tarefa muito complicada e morosa. Há terrenos que estão nas mãos de imensos herdeiros e outros são propriedade de emigrantes que não vêm há anos a Portugal. Não é fácil", garante o autarca.

Rui Marqueiro diz que não tem memória de um incêndio pior, no concelho da Mealhada, do que este da freguesia de Barcouço, mas desmentiu por completo a acusação de que ardeu rigorosamente tudo o que havia para arder na freguesia: "arderam 1618 hectares (75% da área florestal total) da freguesia de Barcouço e um total de 1638 hectares (25% da área florestal total) em todo o Município. Felizmente não houve feridos graves, nem casas ardidas".

"Vamos ver em que medida o Governo poderá ajudar as pessoas que tiveram prejuízos com o incêndio. Estamos a trabalhar nesse sentido", assegurou o autarca.

Press - Ficheiro PDF Press Release - 01 agosto 2018






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