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80 pessoas caminharam por uma causa solidária na Mealhada

17 março, 2014

80 pessoas caminharam por uma causa solidária na Mealhada
A iniciativa “Trail Running Caminhos de Santiago – Partida SimbÓlica e Caminhada Solidária” juntou cerca de 80 pessoas na manhã do passado domingo, na Mealhada. Um evento organizado pela Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar (APHP), com o apoio da Câmara Municipal da Mealhada, que serviu para apresentar o Trail Running a Santiago de Compostela, que vai decorrer de 31 de março a 5 de abril, em defesa dos direitos dos doentes de hipertensão pulmonar. Uma iniciativa que pretendeu divulgar a doença, os seus sintomas e alertar a comunidade para as dificuldades sentidas por estes doentes ao nível legislativo e de acesso às primeiras consultas.

Foram 80 pessoas de todas as idades que caminharam, ontem, com os lábios pintados de azul, numa clara referência a um dos sintomas, pelos doentes de hipertensão pulmonar. Os participantes foram da Câmara Municipal da Mealhada ao Parque da Cidade em ritmo de passeio e de convívio, com um único propÓsito: o de divulgar a doença, os seus sintomas e alertar a comunidade para a escassez de direitos destes doentes. A iniciativa pretendeu ainda apresentar o Trail Running a Santiago de Compostela, um evento que junta seis peregrinos que, de 31 de março a 5 de abril, vão rumar a essa cidade igualmente em defesa dos direitos dos doentes de hipertensão pulmonar, divulgando a doença nos locais de passagem da peregrinação, através de ações junto das crianças, hospitais, comunidade e Comunicação Social.

A APHP relembrou que “a hipertensão pulmonar é uma doença rara, crÓnica e desconhecida do público e de muitos clínicos e que as formas mais raras desta patologia têm uma taxa de mortalidade superior a muitos cancros”. O problema, salientou a associação, “é que a hipertensão pulmonar, como outras patologias, não é considerada crÓnica do ponto de vista jurídico” e, como tal, os seus doentes “são vítimas de discriminação, da inexistência do estatuto Jurídico do Doente CrÓnico e de uma Lei-quadro da Doença CrÓnica com base nos princípios estabelecidos pela Classificação Internacional da Funcionalidade e da Incapacidade da Saúde e da inépcia do governo que está há 44 meses para legislar sobre estas matérias”.

A APHP sublinhou ainda que “a esperança e qualidade de vida aumentam significativamente com o diagnÓstico precoce e o acesso aos melhores tratamentos possíveis”. Por isso mesmo, é importante alertar a comunidade para “a dificuldade que os doentes com hipertensão pulmonar têm no acesso às primeiras consultas nos centros de referência e às terapêuticas adequadas”, para a “inexistência de um estatuto jurídico do doente crÓnico”, para a “inexistência de uma tabela de incapacidade para os doentes crÓnicos (os atestados de incapacidade são baseados na tabela para as doenças profissionais, acidentes de trabalho e viação)”. A APHP lembrou mesmo que existe uma petição para esses direitos, que essa foi aprovada na Assembleia da República mas que, até então, o Governo ainda não elaborou tal legislação.

No Parque da Cidade, a empresa Living Place desenvolveu uma sessão de relaxamento que proporcionou uns agradáveis momentos de descontração.

A APHP agradeceu a presença de todos os participantes e o apoio das seguintes entidades: Câmara Municipal da Mealhada, Sociedade de águas do Luso, pela cedência gratuita de águas, empresa Living Place, pela dinamização de uma sessão gratuita de relaxamento, Guarda Nacional Republicana pelo policiamento e Escola Profissional da Mealhada pela confeção das bolachas que foram distribuídas e pela presença de alunos voluntários no apoio à atividade.

(2014-03-17) - Press Release






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