Loja Social: quatro anos a ajudar quem mais precisa

07 outubro, 2014

Surgiu há precisamente quatro anos, com o objetivo de dar resposta a algumas necessidades das famílias carenciadas do concelho da Mealhada. A Roda Viva – Loja Social comemorou ontem, dia 6 de outubro, o seu quarto aniversário e foi ela que, em dia de festa, deixou boas notícias a todos os seus utilizadores: o espaço passou a ter um funcionário a tempo inteiro e o concelho recebeu três contentores para a recolha de brinquedos, roupa e calçado a favor da Loja Social, no âmbito de um protocolo de cooperação celebrado entre a Câmara Municipal e a empresa Wippytex, Lda. Uma aposta da autarquia na melhoria desta resposta social, que cada vez mais se revela imprescindível para muitas famílias do concelho da Mealhada.

Recolher bens materiais, novos ou usados, mas em bom estado, doados por particulares ou empresas, para depois os entregar a famílias carenciadas do concelho, de forma a satisfazer as suas necessidades imediatas, é o objetivo desta valência social criada pela Câmara Municipal da Mealhada, que inaugurou as suas primeiras instalações no dia 6 de outubro de 2010. Tudo isto, claro, sob uma avaliação social criteriosa das famílias que procuram o espaço, feita pelo Gabinete de Ação Social da autarquia, para que os bens sejam entregues a quem realmente necessita.

Estes bens são, principalmente, vestuário, calçado, mobiliário, artigos de puericultura e brinquedos, mas a Loja Social já assegura também a distribuição, de dois em dois meses, de artigos de higiene pessoal e do lar, tendo sempre em conta o número de elementos do agregado familiar. São bens que normalmente as famílias não têm posses para adquirir, por não serem de primeira necessidade, mas que são fundamentais para usufruírem de hábitos de limpeza e higiene. Os bens alimentares também já fazem parte do circuito da Loja Social, sobretudo sustentados no protocolo com a ADRA - Associação Adventista para o Desenvolvimento, Recursos e Assistência, que prevê a recolha e distribuição dos alimentos que chegam através do Banco Alimentar e do Fundo Europeu de Auxílio a Carenciados.

A Roda Viva trabalha, pois, em parceria com todas as entidades que compõem a Rede Social da Mealhada, com Instituições Particulares de Solidariedade Social, grupos sÓcio caritativos e outros agentes de intervenção social que promovem a realização de campanhas de angariação. Desta forma, é mais fácil a identificação dos indivíduos que revelem vulnerabilidade econÓmica e social, é mais simples o seu encaminhamento para o Gabinete de Ação Social da Câmara Municipal para sejam registados e passem a ser beneficiários da Loja Social, evitando-se a tão comum sobreposição de doações.

A Loja Social é supervisionada pelo Gabinete de Ação Social da Câmara, mas a verdade é que o seu funcionamento acontece graças aos voluntários, os quais disponibilizam o seu tempo para as mais variadas tarefas na Roda Viva, principalmente o atendimento aos beneficiários. São eles, a par com os parceiros e os doadores (particulares e empresas) que mantêm a Loja Social ativa e que permitem o apoio a mais de duas centenas famílias do concelho, totalizando cerca de 550 beneficiários entre adultos, crianças e idosos, divididos pelas seis freguesias do concelho.

Contentores já estão instalados no concelho
São três contentores, em tons de azul com nuvens, que estão espalhados pelo concelho e servem para todos os doadores deixarem brinquedos, roupa e calçado para os beneficiários da Loja Social da Mealhada. Um está à porta da Loja Social, outro junto ao Intermarché e outro junto às Finanças. Uma parceria entre a Câmara Municipal e a empresa Wippytex, Lda, que visa apoiar e incentivar a recolha seletiva e que permite o reaproveitamento dos resíduos produzidos com vista à preservação do ambiente e recursos naturais, mas principalmente ajudar as famílias com maiores dificuldades.

A Wippytex, Lda tem como objetivo social, entre outras, o tratamento, transformação, transporte de desperdícios têxteis, roupa e calçado usados. A Câmara Municipal receberá, de três em três meses, o correspondente a 40 euros por cada tonelada de roupa e calçado recolhidos nos contentores instalados na sua área territorial. Esse valor reverterá a favor da Loja Social e será mais uma ajuda para que o serviço possa responder às necessidades das famílias mais carenciadas.