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"Ponha fim à violência doméstica" - Campanha CIG

24 agosto, 2023

 "Ponha fim à violência  doméstica" - Campanha CIG

A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género lança mais uma campanha de prevenção e combate à Violência Doméstica:

- Em 2022 foram efetuadas 30.000 denúncias de violência doméstica.

- Nos primeiros 6 meses de 2023 foram 14.863 as ocorrências registadas pela PSP e GNR.

São muitos rostos, muitas vítimas e vários agressores. São milhares de pedidos de desculpas diários.

Se é vítima de violência doméstica, siga alguns conselhos: 

- Não se isole,

- Mantenha contacto com pessoas da sua confiança.

- Identifique quem a possa acolher ou ajudar se tiver de sair de casa.

- Combine senhas ou códigos de emergência com essas pessoas para que possam alertar as autoridades se necessário.

- Se existirem crianças em casa, combine senhas ou códigos de emergência.

- Identifique a divisão "mais segura" da casa para onde possa ir e na qual tenha acesso ao exterior.

- Faça cópias ou fotografe documentos importantes e partilhe-as com as pessoas da sua confiança.

- Prepare uma mala de emergência com umas chaves extra.

- Apague as sms e emails que enviar.

- Use um computador ou telemóvel ao qual a pessoa agressora não tenha acesso.

PONHA FIM À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA! Não há Desculpas para a Violência Doméstica!

SMS 3060 ou ligue 800 202 148 ou 112 (em caso de emergência)

Mais informações em https://www.facebook.com/comissaoparaacidadaniaeigualdadedegenero 

https://www.cig.gov.pt/iniciativas-nacionais/ponha-fim-a-violencia-domestica/

 

"Em 2022 ocorreram mais de 30.000 denúncias de violência de género em Portugal. No primeiro semestre já foram registadas 14.863 ocorrências pela PSP e GNR. São muitos rostos, muitas vítimas e vários agressores. São milhares de pedidos de desculpas diários, sendo que se torna premente repetir vezes sem conta que onde há uma vítima, há uma pessoa agressora.

Com este desígnio, a campanha em causa alerta para inúmeras desculpas que a pessoa agressora utiliza para se desresponsabilizar pelos seus atos, negando e/ou banalizando a violência, que se perpetua. Mais, gradualmente, faz crer à vítima que é ela a culpada pelos seus comportamentos, que os merece ou que os provoca. Mas a agressão é sempre uma escolha.

Algumas das desculpas são bem conhecidas: Foram os ciúmes…; foi o álcool…; estás sempre a provocar-me…; estás sempre a desafiar-me…; não consegues fazer nada sozinha…. A cada uma destas verbalizações correspondem inúmeros pensamentos da vítima para desculpabilizar a violência.

Neste sentido, a ideia de que agredir é sempre uma escolha da pessoa que usa a violência para se impor, controlar ou provocar medo e dano à vítima, encontra-se bem patente nesta campanha - que reforça o facto de não existirem desculpas para uma pessoa ser violenta com outra.

Recorde-se que, a RNAVVD – Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica está presente em todo o país, sendo constituída por um conjunto de serviços e respostas especializados, gratuitos, vocacionados para o apoio às vítimas.

No 2º trimestre de 2023, a RNAVVD acolheu 1450 pessoas. Destas, 52% eram vítimas adultas (98% mulheres e 2% homens) e 48% eram dependentes a cargo (maioritariamente crianças e jovens que, por questões de segurança, acompanharam as suas mães).

De referir ainda que, em Portugal, a violência doméstica é um crime público que deve ser combatido e denunciado por cada pessoa. Assim, para obter ajuda, denunciar ou pedir informações sobre violência doméstica, pode fazê-lo através do número de apoio - 800 202 148 e a Linha SMS 3060– números gratuitos, disponíveis 7 dias por semana, 24 horas por dia."

Fonte: Presidente da Comissão para a Igualdade de Género (CIG), Sandra Ribeiro