Executivo Municipal foi ouvir a população sobre a requalificação da aldeia de Várzeas

28 outubro, 2013

O projeto de valorização e dinamização turística da Aldeia de Várzeas, no Luso, foi apresentado à população, no terreno, no sábado, dia 26 de outubro. Um passo em frente no objetivo de gestão participativa deste Executivo Municipal, que decidiu, assim, ouvir o que a população tinha a dizer sobre a empreitada de requalificação dessa aldeia. A alteração de pavimento numa zona de passagem de tratores e camiões, a valorização da fonte do Mergulho e a repavimentação de uma rua que não é abrangida no projeto foram algumas das sugestões dos interessados. O Presidente da Câmara, Rui Marqueiro, garantiu que essas indicações vão ser tidas em conta nesta obra ou em futuras empreitadas. A obra já foi adjudicada, por cerca de 190 mil euros + IVA, faltando apenas a aprovação do Plano de Segurança e a assinatura do auto de consignação para que possa avançar.

O presidente da Câmara, Rui Marqueiro, o vice-presidente, Guilherme Duarte, a vereadora Arminda Martins e o vereador José Calhoa, bem como o presidente da Junta de Freguesia do Luso, Claudemiro Semedo, foram ouvir o que a população da Aldeia de Várzeas pensa sobre a empreitada de valorização e dinamização turística dessa aldeia. A apresentação da obra coube ao projetista Armindo Santos que, no terreno, foi explicando à população o que está previsto para cada um dos espaços contemplados na empreitada: a criação de uma praceta para a população conviver, a requalificação da zona envolvente da capela, a limpeza da ribeira e dos percursos adjacentes e, por fim, a criação de uma zona polivalente, com um anfiteatro para espetáculos ao ar livre, parque de merendas, churrasqueiras, instalações sanitárias e estacionamento.

Uma empreitada que abrange a totalidade da zona ribeirinha da aldeia, desde o moinho de água até à ponte rodoviária sobre o ribeiro, mas que, para descontentamento da população, sÓ inclui a requalificação da rua principal, deixando de parte outra rua de relevante importância para quem lá vive. Esse foi, aliás, um dos pedidos dos moradores presentes, que alertaram ainda para o facto da requalificação da zona envolvente da capela não prever, num pequeno troço da estrada, a passagem de tratores e camiões de madeira, que rapidamente destruirão o tipo de pavimento escolhido para o local. Foi então sugerido uma alteração ao material escolhido.

“é para isso que estamos aqui, para ouvir o que nos têm a dizer. Como a obra ainda não começou, podemos fazer algumas alterações. Pela minha parte, estão à vontade”, afirmou o arquiteto Armindo Santos, lembrando, contudo, que a palavra cabe ao Executivo Municipal. “O objetivo desta apresentação é precisamente deixar a população falar. é já um ensaio para o orçamento participativo que pretendemos ter em 2014. Já percebemos que há possibilidade de alterar alguma coisas e é isso que vamos fazer, salvaguardando contudo o financiamento que esta empreitada tem”, sublinhou o presidente da Câmara, Rui Marqueiro, concluindo: “Não podemos perder este financiamento, por isso o que não puder ser alterado nesta obra, terá que ficar previsto para uma outra empreitada”.

A empreitada de valorização e dinamização turística do percurso da Aldeia de Várzeas trata-se de uma intervenção de recuperação e conservação do patrimÓnio dessa aldeia, uma aldeia rural, localizada junto à vila termal do Luso e nas encostas da Serra do Buçaco, de traços únicos, cuja beleza paisagística é marcada pelas águas que correm da Mata Nacional do Buçaco e a atravessam em ribeiras e riachos. Uma intervenção de grande valia para a oferta turística do concelho, uma vez que integra os circuitos e percursos da vila termal do Luso e da Mata Nacional do Buçaco.

O projeto de execução, que teve por base o programa de arquitetura do Gabinete AntÓnio Figueiredo e Armindo Santos, Arquitetos Lda., foi elaborado pelo Gabinete de Projetos da Divisão de Administração e Conservação do TerritÓrio da Câmara Municipal. Um projeto que complementa o ciclo de regeneração urbana e revitalização da vila termal do Luso e que se enquadra também nos objetivos da Agenda 21 Local, por visar a qualificação e valorização ambiental do espaço e promover a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável. A empreitada já foi adjudicada, por cerca de 190 mil euros + IVA à empresa AntÓnio Lopes Pina Unipessoal Lda, e aguarda apenas a aprovação do Plano de Segurança e a assinatura do auto de consignação para que possa avançar. O seu prazo de execução de 154 dias.